Assisti ao filme O Leitor (The Reader) pela segunda vez no cinema para fazer um trabalho na faculdade. Não me importei em assistir novamente ao filme, mesmo porque já tinha gostado da primeira vez que o vi. Apesar da riqueza do filme, e de vários temas como culpa, família e relacionamentos poderem ser abordados, quero aproveitar o enredo para refletir sobre uma questão específica.
No filme, Michael de 15 anos, vive uma paixão com Hanna, uma mulher bem mais velha do que ele. Meu foco não é o caso dos dois, mas o que ocorre após Hanna abandonar seu menino. Ela re-aparece 8 anos depois para ser julgada no tribunal por sua participação nos campos de concentração na época do Nazismo. E é sobre essa questão que gostaria de abordar: O Julgamento.
No filme Hanna é declarada culpada e sua pena é a prisão perpétua. Mas Hanna também é julgada por aqueles que assistem ao filme. Suas atitudes para “seduzir” um menino mais novo. Sua “covardia” por não se aceitar analfabeta. A ousadia de não se arrepender pelos crimes cometidos perante o Juiz. E finalmente, pela atitude tomada por medo do que o futuro a reservava. Todas essas atitudes nós julgamos como erradas. E acredito ser esse o nosso equívoco.
Não podemos julgar o que levou aquela mulher do filme a agir da maneira como agiu. Mas fazemos isso no filme e também na vida real. Julgamos tudo e todos, com NOSSOS valores morais. Claro que a lei deve ser cumprida e o tribunal dá a sentença que o Réu merece (talvez, nem sempre...). Mas nosso julgamento nada tem a ver com a Justiça legal, mas sim com nossa justiça moral.
Afinal, quem são os culpados? Como já afirmei no texto anterior, penso que nós devemos ter cuidado ao apontar os culpados ou inocentes em algum relacionamento, seja ele qual for. Não pensamos em quais circunstâncias o outro tomou aquela atitude que tanto recriminamos. Dizemos apenas que ela está errada. Claro que podemos ter nossa opinião pessoal (afinal somos seres humanos), mas eu acredito que um profissional, ou mesmo estudante de Psicologia, deve pensar muito nessa questão da moral e do julgamento, caso queira trabalhar com pessoas.
Nosso olhar deve ser Sistêmico o tempo todo. Não podemos apenas olhar para uma atitude isolada, mas olhar o todo e de preferência com os olhos daquele a quem ficamos tentados a julgar. Como julgar a subjetividade de cada um? Como julgar as escolhas? Cada um tem sua história, e merece ser respeitado por ela.
Talvez Hanna fosse simplesmente uma mulher ávida por aprender, mas orgulhosa demais para pedir...
"Julgar os outros é perigoso. Não tanto pelos erros que podemos cometer a respeito deles, mas pelo que podemos revelar a nosso respeito." Voltaire
No filme, Michael de 15 anos, vive uma paixão com Hanna, uma mulher bem mais velha do que ele. Meu foco não é o caso dos dois, mas o que ocorre após Hanna abandonar seu menino. Ela re-aparece 8 anos depois para ser julgada no tribunal por sua participação nos campos de concentração na época do Nazismo. E é sobre essa questão que gostaria de abordar: O Julgamento.
No filme Hanna é declarada culpada e sua pena é a prisão perpétua. Mas Hanna também é julgada por aqueles que assistem ao filme. Suas atitudes para “seduzir” um menino mais novo. Sua “covardia” por não se aceitar analfabeta. A ousadia de não se arrepender pelos crimes cometidos perante o Juiz. E finalmente, pela atitude tomada por medo do que o futuro a reservava. Todas essas atitudes nós julgamos como erradas. E acredito ser esse o nosso equívoco.
Não podemos julgar o que levou aquela mulher do filme a agir da maneira como agiu. Mas fazemos isso no filme e também na vida real. Julgamos tudo e todos, com NOSSOS valores morais. Claro que a lei deve ser cumprida e o tribunal dá a sentença que o Réu merece (talvez, nem sempre...). Mas nosso julgamento nada tem a ver com a Justiça legal, mas sim com nossa justiça moral.
Afinal, quem são os culpados? Como já afirmei no texto anterior, penso que nós devemos ter cuidado ao apontar os culpados ou inocentes em algum relacionamento, seja ele qual for. Não pensamos em quais circunstâncias o outro tomou aquela atitude que tanto recriminamos. Dizemos apenas que ela está errada. Claro que podemos ter nossa opinião pessoal (afinal somos seres humanos), mas eu acredito que um profissional, ou mesmo estudante de Psicologia, deve pensar muito nessa questão da moral e do julgamento, caso queira trabalhar com pessoas.
Nosso olhar deve ser Sistêmico o tempo todo. Não podemos apenas olhar para uma atitude isolada, mas olhar o todo e de preferência com os olhos daquele a quem ficamos tentados a julgar. Como julgar a subjetividade de cada um? Como julgar as escolhas? Cada um tem sua história, e merece ser respeitado por ela.
Talvez Hanna fosse simplesmente uma mulher ávida por aprender, mas orgulhosa demais para pedir...
"Julgar os outros é perigoso. Não tanto pelos erros que podemos cometer a respeito deles, mas pelo que podemos revelar a nosso respeito." Voltaire
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