segunda-feira, 13 de setembro de 2021

A arrogância de querer salvar os pais

 



👉"Por certo, na minha personalidade havia um lado pretensioso, desde criança, que me levou achar que seria capaz de assumir funções tão descabidas. Por mais que meu pai requisitasse mais e mais esse tipo de ajuda, e que minha mãe expressasse sempre uma grande dependência de mim, foi na minha cabeça que tudo se gerou e cresceu." Luiz Schwarcz 


Este é o trecho do livro O Ar que me falta - história de uma curta infância e uma longa depressão, que me livrou ao livro.  O editor Luiz deu uma entrevista ao Bial no conversa com Bial em março deste ano onde ele contava brevemente sua história e falava dessa arrogância de salvar os pais. 


Porque quando crianças somos colocados em lugares que muitos não tem força pra sair. Mas quando adultos é preciso tomar a vida e seguir adiante voltando para o lugar. Cuidar da criança ferida torna-se responsabilidade do adulto que nos tornamos. Assim seguimos mais livres e autorresponsáveis. As vezes é preciso uma ajudinha para reencontrar sua própria força e raiz e aí entra a psicoterapia. O autor fez anos de análise e isso se reflete em um texto lúcido de alguém que mesmo com tantos desafios não se mostra como vítima. 


Obs: Se quiser ver a entrevista completa com direito a um complemento de Sidarta Ribeiro, neurocientista, que fala como podemos herdar traumas da família, está disponível na Globoplay no dia 4/3/21 ou no youtube só a parte do Luiz:  https://www.youtube.com/watch?v=3l_BAeo_lXg


Maria Cristina Gomes 

✔Psicóloga sistêmica

✔Atendimentos online e presencial

Email: mariacristinapsi@yahoo.com.br


#visaosistemica #visaodevida #saudemental #paisefilhos #sintomas #salvarospais #traumasdeinfancia #transgeracionalidade #livro #oarquemefalta #depressao #bipolaridade #busqueajuda #psicoterapia #psicologiaonline #autoconhecimento #autorresponsabilidade #tornatequemtues

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Os efeitos de uma criança estar no meio dos pais

 


"Também compreendi que a tarefa de alegrar o matrimônio dos dois era impossível. Essa conclusão chegou com 40 anos de atraso. Quando minha vida havia sido preenchida por esse objetivo." Luiz Schwarcz - O Ar que me falta


Os efeitos são pesados para as crianças que se sentem responsáveis pela união dos pais. Na verdade todas tem em algum nível a ideia em seu imaginário que os pais precisam ficar juntos e algumas assumem a responsabilidade por isso. Se percebem brigas constantes podem fazer sintomas (seja na saúde ou na escola) para capturar aquele conflito e os olhares se voltem para ela. Se os adultos não estão atentos eles podem permitir e até endossar este lugar para as crianças. 


Mas o fato que quando adultos é preciso rever... A criança pode ter suas fantasias e nem tem suficiente força ainda para questionar o ambiente, estar consciente para estar no seu lugar. Mas o adulto pode e deve se fazer este questionamento a medida que percebe os emaranhados que estar fora do lugar traz para sua própria vida. Não é uma regra, faça isso ou faça aquilo. Mas perceber o quanto a vida flui e os efeitos em nós de mantermos os lugares e posturas de sempre.


E é com esse olhar que o autor vai fazendo suas reflexões ao longo de sua autobiografia.


Seguimos refletindo...


Maria Cristina Gomes 

✔Psicóloga sistêmica

✔Atendimentos online e presencial

Email: mariacristinapsi@yahoo.com.br


#visãosistêmica #acolheopassado #ampliaoolhar #lidarcomarealidade #concordância #oamoreasolucao  #atitude #autoconhecimento #autoconsciência #autorresponsabilidade #comeceemvoce  #leissistemicas #efeitosdaexclusão #relacaodecasal #paisefilhos #posturasistêmica #autocuidado  #tornatequemtues

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Os efeitos da exclusão dos filhos que não nasceram para os irmãos

 



👉 "O não reconhecimento do filho morto, assim como todo o silêncio que cercou as inúmeras tentativas de ter filhos, pesou bem mais do que se a verdade tivesse sido dita. Meus pais, que queriam nesse caso me proteger, escondiam de si mesmos também o fracasso em ter "um time de futebol de filhos". É dessa forma que minha mãe expressa o desejo do casal na época. "Um time de futebol" que parou no goleiro." 


Luiz Schwarcz em O Ar que me falta - História de uma curta infância e uma longa depressão.


O fundador da editora companhia das letras faz uma bela reflexão de sua história e conta recortes de sua infância e paixão pelo futebol sendo goleiro sua posição predileta. Assim faz uma metáfora sobre o peso que carregou (mesmo inconscientemente) dos irmãos que não nasceram antes dele. Na visão sistêmica das constelações familiares as crianças que não nasceram precisam ser incluídas como filhos. É um movimento feito no coração sem julgamentos de qualquer ordem. Ignorar os não nascidos tem consequências para a ordem dos irmãos que vêm depois. Muitos não conseguem achar seu lugar no mundo, na vida, por estarem fora de lugar no seu sistema familiar. 


A análise do autor do livro não é pela visão sistêmica, mas sem saber de nada disso ele relata seu sentimento de carregar o peso de não saber racionalmente (mas saber no coração). Além disso, como "filho sobrevivente " recebeu toda a projeção e cuidados excessivos dos pais, além de vivenciar as inúmeras dores e tristeza de sua mamãe. Ali também começou a inverter papéis e ser o bom filho para proteger os pais de mais dores e preocupações. Teve que amadurecer rápido tornando sua infância curta como diz o título do livro.


Continuamos refletindo...


#visãosistêmica #acolheopassado #ampliaoolhar #lidarcomarealidade #concordância #oamoreasolucao  #atitude #autoconhecimento #autoconsciência #autorresponsabilidade #comeceemvoce  #leissistemicas #efeitosdaexclusão #relacaodecasal #paisefilhos #posturasistêmica #autocuidado  #tornatequemtues

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Ser o centro da vida dos pais é um lugar grande demais para uma criança


O trecho completo 👉 "No conjunto, o ambiente familiar complicado pelo período da separação e a constante perda dos outros filhos tão desejados contaminará cotidianamente o ar da minha casa, resultando numa forte pressão sobre meus ombros. Desde muito pequeno, compreendi ter assumido o papel de principal provedor da alegria do lar. Meu pai dizia que eu deveria sempre lembrar que ele era meu melhor amigo, e vice-versa. Ele repetia e repetia isso, à exaustão, enquanto minha mãe me entupia de cuidados e preocupações. Assim, no centro da minha infância, foi se fermentando um senso de responsabilidade quase patológico. Eu vivia preocupado em nunca desagradar meus pais." Luiz Schwarcz em sua autobiografia: O Ar que me falta - História de uma curta infância e uma longa depressão.


recorrente em muitos adultos que quando criancas precisaram se responsabilizar por seus pais de alguma forma. Reflexão para os pais que exigem dos filhos um suprimento afetivo que é grande demais para eles suportaram. Alguns filhos precisam se rebelar de forma extremista como uma forma de saírem deste lugar, o que também pode trazer efeitos pesados. 


Além disso, colocar o filho num lugar central após perdas sucessivos também é dar a ele um peso grande demais para carregar...eles até conseguem mas os efeitos chegam e as vezes bemmm devagar...


Se quando criança o lugar errado é ocupado  é preciso reencontrar o seu lugar no mundo, ele é seu, o certo para você e certamente mais leve, mesmo com desafios. 


Vamos refletindo...


#visãosistêmica #acolheopassado #ampliaoolhar #lidarcomarealidade #concordância #oamoreasolucao  #atitude #autoconhecimento #autoconsciência #autorresponsabilidade #comeceemvoce  #mudaofoco #relacaodecasal #paisefilhos #posturasistêmica #autocuidado #psicoterapia  #psicologiaonline #cuidedevoce #seja #tornatequemtues