quarta-feira, 30 de julho de 2014

ONDE ESTÁ O SEU FOCO?



Recentemente contei para vocês um pouquinho sobre a Psicologia Positiva. Mas ainda tenho muito a compartilhar sobre essa nova visão de perceber o ser humano. Muitas pessoas acreditam que a felicidade não está ao alcance de todos. Como já foi dito, algumas crenças arraigadas podem influenciar e muito a forma como lidamos com nossos problemas e atravessamos as crises da vida. 

Aprendemos ao longo da nossa caminhada a focar no problema. Fazemos isso com nós mesmos e com todos que convivem conosco, principalmente com as crianças. Então precisamos mudar o foco. Atualmente existe, por exemplo, uma grande quantidade de crianças com problemas de aprendizagem. Quando vamos entender a história, geralmente o pequeno possui uma fraqueza em alguma disciplina e é bombardeado por isso. Tudo aquilo em que ele possui habilidade ou talento é renegado e acabamos focando apenas no seu problema com a tal disciplina. Com isso, vamos aos poucos destruindo a autoestima das nossas crianças, mesmo que façamos isso com as melhores intenções. 

Podemos lidar com a fraqueza, mas sem esquecer de ressaltar e lembrar todas as forças, qualidades e talentos que existem ali. Assim, a criança sabe que pode não ser tão boa em algo, mas que tem muitíssima habilidade em outras tantas coisas. 

Mas será que podemos simplesmente deixar de focar no problema e ter como meta a solução? A pergunta primordial seria: "Quais são as mudanças, ainda que mínimas, que posso fazer em minha vida para me tornar mais feliz?". 

Uma dica simples é dar atenção ao tipo de perguntas que fazemos aos outros e a nós mesmos. Algumas perguntas seriam: 
 "Por que tenho este problema?" 
"O que não funciona bem?" 
"O que preciso melhorar?" 

Em todas estas questões o foco está no problema, no que não funciona, na fraqueza. Poderíamos fazer perguntas diferentes para as mesmas questões: 
"O que dá certo para mim?" 
"Quais são as minhas forças e habilidades que podem me auxiliar melhor nesta questão?" 
"O que eu posso fazer para que esta questão se resolva entre nós?" 
"O que ainda existe de bom no outro, apesar dos conflitos em nossa relação?" 

A ideia não é deixar de lado o problema em si, mas sim buscar soluções para resolvê-lo. Perguntas podem criar realidades. Assim, podemos sair da posição de lamentador de problemas para buscador de soluções.

Texto originalmente publicado em Personare

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