segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

TOMANDO CONSCIÊNCIA



Após escrever o artigo sobre o filme “O Lado bom da Vida” e falar sobre coragem para mudanças, venho recebendo muitos emails de leitores que gostaram do texto. Alguns se identificam ou se inspiram. Outros veem a possibilidade de obter uma opinião, um conselho para algum problema pelos quais estão passando. Claro que fico muito feliz com a repercussão positiva de algo que escrevi. Então, leio, acolho e respondo cada um dos emails que chega até a mim. Afinal o que seria dos textos se não fossem os leitores!

Mas tudo isso me inspirou a escrever sobre outra questão. A dura realidade da mudança. O fato é que mudar não é fácil. Não existem soluções rápidas e milagrosas para nossos problemas. A solução vem de nós. E o primeiro passo é a Tomada de Consciência. Quem somos nós afinal? O que realmente desejo para mim? Quais são as crenças que me movem? Elas são minhas ou foram herdadas da família? Se soubéssemos quanto carregamos de nossos familiares (pais, avós, tios, irmãos, etc) talvez as coisas fossem mais simples, pois ao menos saberíamos por onde começar.

No processo de mudança, a coragem é apenas um dos passos. Claro, pois sem ela nem sairíamos do lugar. Reconhecer quem somos pode ajudar a definir aonde queremos chegar. E para isso, não há fórmulas. Há trabalho, muito trabalho. É preciso sair da zona de conforto. Escolher. Tarefa difícil, pois quando escolho uma coisa abro mão de tantas outras. Às vezes é preciso rever velhos hábitos ou comportamentos que se repetem. Mas realmente estamos dispostos a fazer esse movimento?

A mudança não é estática, o próprio nome não diz? Ela precisa ocorrer constantemente. Muitas vezes tentamos resolver nossos problemas com a mesma solução. E este é o problema maior! Não conseguimos ampliar o olhar, direcioná-lo para outros ângulos. Claro que estamos muito envolvidos em nós mesmos e é difícil olhar de fora. Neste momento uma ajuda profissional pode auxiliar. Digamos que é como desenrolar alguns novelos de lã. É preciso achar a ponta e aos poucos ir puxando, puxando, sempre com muita paciência para não dar mais nós ainda.

É louvável as pessoas que buscam livros, viagens, cursos, grupos de autoajuda, projetos que direcionam ao autoconhecimento e até, (e muitas vezes em ultimo caso) a psicoterapia. Elas querem mudar e vão em busca de recursos para lhes auxiliar. Mas o que esquecem é que o primeiro recurso e primordial está dentro, não fora. Então muitas vezes investem tempo e dinheiro e não obtém o retorno esperado. Acabam com os mesmos problemas, não conseguem mudar velhos hábitos e preferem não olhar para si, afinal é mais fácil pensar que o problema está no outro.

Soluções rápidas e fáceis são ilusões vendidas e propagadas em nossa grande rede. O que existem são ferramentas que podem auxiliar no processo de mudança ou autoconhecimento. Mas uma ferramenta é inútil na mão de quem não sabe (ou não quer) usá-la. O desejo é o que nos move. E para mudar é preciso movimento. Então, com ou sem ferramenta, mãos a obra, pois o trabalho é constante...

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